Dorotéia é uma ex-prostituta que procura na família uma forma de se redmir da vida que levava e da morte do filho. Lá, encontra sua prima, D. Flávia, mulher feíssima, que impõe condições para a sua permanência, em meio as bodas da filha Das Dores e de manter a casa e as parentas igualmente feias, Carmelita e Maura, na mais perfeita ordem. E sem sonhos.

A peça faz parte, assim como Anjo Negro, Senhora dos Afogados e Álbum de Família, dos textos míticos que Nelson escreveu entre 1946 e 1949, causando polêmica e trazendo de uma vez por todas, a fama de “maldito” que o dramaturgo sempre teve.


sexta-feira, 25 de março de 2011

Dorotéia, do Nelson. E do Teatro da Neura.


Nelson Rodrigues é universal. Suas obras resumem aquele que foi o maior dramaturgo do Brasil e a figura mais controversa entre 1940 e 1980, no Rio de Janeiro. Seus textos mantém admiradores no meio teatral e fora dele, sempre pela contundência e ironia clássicas. E com o Teatro da Neura não seria diferente, assim como Dorotéia.
Para esta montagem, optamos por trabalhar a linguagem surrealista, dentro dos estudos de Andre Breton, Dali, Magritte e Frida Kahlo. Suas dores, sonhos e loucuras expressadas nas pinturas e escritos de cada um deles nos serviu de base para a criação de todos os aspectos da peça: desde a interpretação, até o cenário e figurino. Claro que tudo aqui é experimental, dado pelo novo projeto do grupo de novos olhares de direção; assim como as novas possibilidades para os atores do grupo de sentirem novos olhares de fora.
É a isso que o Teatro da Neura se propõe: algo que sempre o faz sair do lugar comum para algo completamente novo. Chegou a maturidade e a “quantidade” certa para isso. Confiança é a palavra chave. Obrigada pela oportunidade, sejam bem vindos a essa nova experiência.
Tuane Vieira
Diretora

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