Dorotéia é uma ex-prostituta que procura na família uma forma de se redmir da vida que levava e da morte do filho. Lá, encontra sua prima, D. Flávia, mulher feíssima, que impõe condições para a sua permanência, em meio as bodas da filha Das Dores e de manter a casa e as parentas igualmente feias, Carmelita e Maura, na mais perfeita ordem. E sem sonhos.

A peça faz parte, assim como Anjo Negro, Senhora dos Afogados e Álbum de Família, dos textos míticos que Nelson escreveu entre 1946 e 1949, causando polêmica e trazendo de uma vez por todas, a fama de “maldito” que o dramaturgo sempre teve.


quinta-feira, 17 de março de 2011

A nausea não veio!


Um grito… Das Dores
Como encontrar junto a mim, um ser qual eu não veria nunca…
- Mãe, tu me disseste que eu nunca o veria.
Mas eu vejo, vejo e sinto em mim uma alegria e uma certeza
-Tenho sim que ama-lo (Eu o Amo)
E tu sabes disso…
-“Maldita, mil vezes maldita” Sim, sou, Maldita talvéz…
Mas tudo o que eu quero é ser feliz ao lado de quem eu amo
Eusébio da Abadia, ele foi predestinado a mim, como eu estou propicia a não ter a nausea.
- Diga agora, o que é a Nausea… Se não uma mera palavra a qual sobre mim não teve nenhum efeito…
- “Nasceste Morta”…
Morta,
Então o que será de meu marido, se eu não existo para amá-lo
O que será dos meus dias se não existo para viver-los…
Não, não posso continuar desta forma
- “Ao meu nada Não…”
E agora, Mãe
Quando estiver pronta, voltarei para meu marido, e serei feliz.
Mesmo que para isso tu tenhas que se contorcer em seu remorcio e dor.

Brendo de Lima- Das Dores

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